Consulta

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Desvendando o mistério do goleiro Zé Augusto (I)

A legenda da fotografia não condiz com a sequência da formação com Zé Augusto. É claro, lógico e evidente que o personagem misterioso veste a camisa escura, como de praxe, preta ou cinza, tradição, na época, para diferenciar dos atletas de linha

“Mossoró... e a desforrra...”

Edmilson Aires Menezes (“A Ordem” – sexta-feira, 7/2/1946) *


“Em 1938, quando o Fortaleza esteve pela primeira vez em visita a nossa cidade, com um forte esquadrão, onde figuravam CRACKS de valor, como Zé Augusto, Agapito, Bacurim e outros, venceu na primeira partida o Centro Esportivo Mossoroense (1 x 3) e, na segunda, empatou com o selecionado mossoroense (1 x 1) – nosso goal foi de penalidade máxima.

Ficamos derrotados, mas satisfeitos (sic). No ano passado, 7 e 9 de setembro, novamente o Fortaleza nos visitou, mas dessa vez, nos deixou decepcionado, porque conquistou duas vitórias: Atlético (1 x 3) e Potiguar (1 x 4). Nossos CRACKS estavam destreinados e fracos. Saímos de campo, cabisbaixos...

No dia 17 de janeiro, uma quinta-feira, quando o Fortaleza passou para Natal, foi convidado para, de volta, jogar aqui novamente, sendo prontamente aceito. No sábado (26) entraram no gramado, muito satisfeitos.

Deram o jogo contra o “Clube Atlético Mossoroense”, verificando-se empate (5 a 5). Ótima estreia.

No domingo (27) jogaram novamente com o “Palmeiras Futebol Clube”, quando foram derrotados (4 x 1).

Saímos da “LIMITADA” bastante satisfeitos e jubilosos com esta brilhante e merecida vitória.

Pela primeira vez alcançamos nossa DESFORRA almejada. Jogaram aqui diversos times – ABC, América e Santa Cruz de Natal; Maguari e Penarol do Ceará; Treze, clube paraibano; América do Recife e outros, todos derrotados.

Quando chegava, aqui, o Fortaleza, os mossoroenses ficavam tristes, era para ver uma derrota nossa – mas, agora, foi ao contrário...

 

*Do diário vespertino católico da capital potiguar (circula de 1935 a 1953. Entre 1960/67 retorna como semanário). A crônica do torcedor de Mossoró é o ponto de partida para a explicação sobre o quase desconhecido, na atualidade, arqueiro Zé Augusto. Personagem que aparece nas pesquisas como por um acaso. Sem ser objeto ou alvo do repórter, acaba despertando a curiosidade (JVJ).

 

FONTES/IMAGEM

Almanaque do Ferroviário

A Ordem

Diário de Natal

Esporte Ilustrado

Arquivos de Futebol do Brasil

Esporte Ilustrado

Fortaleza Nobre

História do Futebol

Jornal da Grande Natal

Medium

Súmulas tchê

Zé Duarte

Nenhum comentário:

Postar um comentário