Imagem do "Castelo Branco" provavelmente de 1972/74/Fotografia: Jaeci Visão da BR-101/João Maria Alves
Francisco
Marrocos (Chiquinho)
Designer gráfico
Em 1987 eu chegava em Natal para vender
picolé, daquele que vinha em uma forma de alumínio.
A turma da Kibon queria ver tudo, menos
eu, com aquela caixa térmica azul em Ponta Negra.
Pois a criançada adorava esse picolé, que
era três vezes mais barato do que o da Kibon.
Lembro que fui a primeira vez no Castelão
pra um jogo do meu MENGÃO com o América ou era a seleção do RN.
E o dono do picolé perguntou: - Que ir
vender picolé no jogo?
E eu, que nunca tinha visto o meu MENGÃO
ao vivo, disse: - Quero sim!
E lá fui eu com 70 picolés na caixa e se
vendi 30 foi muito porque eu não tirava os olhos do campo pra ver o MENGÃO e eu
estava na antiga e saudosa Geral.
Só lembro que cheguei em casa fedendo a
mijo, pois a turma da arquibancada não perdoava os Geraldinos.
E como marinheiro de primeira viagem não
entendia porque eles faziam aquilo.
Resumindo eu só consegui vender 35
picolés e o resto desmanchou na caixa.
A garotada hoje tem o "pebolim" para
se divertir antes e nos intervalos dos
jogos na "Arena das Dunas"
Mas fiquei feliz da vida, pois estava
vendo o meu MENGÃO, ali ao vivo, e vendo craques, como Júnior Capacete e tanto
outros.
Foi a partir daí que passei a gostar do
Mecão, pois o jogo não foi fácil pra o MENGÃO, com placar 2 a 1 pro MENGÃO, mas
o Mecão ganhou meu coração.
Saudades do Castelão, que tempos depois
virou Machadão, e hoje Arena das Dunas.
Saudades de ir ao estádio, mais com essa
violência deixei de ir já tem uns 10 anos...
NOTA DA REDAÇÃO
Não resisti. Tive que rir no caso da
“chuva”. Vou até fazer uma pergunta ao articulista. Mas internamente. Mas
adianto que alguma rapaziada, para não se molhar, ficava na área da geral em
frente as cadeiras e cabines das emissoras de rádio.
Importante depoimento de um vendedor de picolé que viria a se tornar líder do principal jornal impresso existente em Natal-RN naquela época.
ResponderExcluirGrato pelo comentário. Chiquinho é uma grande revelação. Merece!
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