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domingo, 24 de agosto de 2025

A inocência do flamenguista na geral do estádio

Imagem do "Castelo Branco" provavelmente de 1972/74/Fotografia: Jaeci

Visão da BR-101/João Maria Alves

Francisco Marrocos (Chiquinho)

Designer gráfico

Em 1987 eu chegava em Natal para vender picolé, daquele que vinha em uma forma de alumínio.

A turma da Kibon queria ver tudo, menos eu, com aquela caixa térmica azul em Ponta Negra.

Pois a criançada adorava esse picolé, que era três vezes mais barato do que o da Kibon.

Lembro que fui a primeira vez no Castelão pra um jogo do meu MENGÃO com o América ou era a seleção do RN.

E o dono do picolé perguntou: - Que ir vender picolé no jogo?

E eu, que nunca tinha visto o meu MENGÃO ao vivo, disse: - Quero sim!

E lá fui eu com 70 picolés na caixa e se vendi 30 foi muito porque eu não tirava os olhos do campo pra ver o MENGÃO e eu estava na antiga e saudosa Geral.

Só lembro que cheguei em casa fedendo a mijo, pois a turma da arquibancada não perdoava os Geraldinos.

E como marinheiro de primeira viagem não entendia porque eles faziam aquilo.

Resumindo eu só consegui vender 35 picolés e o resto desmanchou na caixa.

A garotada hoje tem o "pebolim" para
se divertir antes e nos intervalos dos
jogos na "Arena das Dunas"

Mas fiquei feliz da vida, pois estava vendo o meu MENGÃO, ali ao vivo, e vendo craques, como Júnior Capacete e tanto outros.

Foi a partir daí que passei a gostar do Mecão, pois o jogo não foi fácil pra o MENGÃO, com placar 2 a 1 pro MENGÃO, mas o Mecão ganhou meu coração.

Saudades do Castelão, que tempos depois virou Machadão, e hoje Arena das Dunas.

Saudades de ir ao estádio, mais com essa violência deixei de ir já tem uns 10 anos...

 

NOTA DA REDAÇÃO

Não resisti. Tive que rir no caso da “chuva”. Vou até fazer uma pergunta ao articulista. Mas internamente. Mas adianto que alguma rapaziada, para não se molhar, ficava na área da geral em frente as cadeiras e cabines das emissoras de rádio.

2 comentários:

  1. Importante depoimento de um vendedor de picolé que viria a se tornar líder do principal jornal impresso existente em Natal-RN naquela época.

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    1. Grato pelo comentário. Chiquinho é uma grande revelação. Merece!

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