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sábado, 8 de março de 2025

Rara imagem do Alecrim com o goleiro Miguel (III)

Alecrim (1951/52): Neném, Dinarte Xavier Soares, Mangueira, Monteiro, Petita, Bazinho, Miltinho, Nenzito, Indio, Driblador e Amarino

Antigo escudo e uniforme estilizado pelo
conceituado site "História do Futebol"

O futuro “rival” do famoso arqueiro do Vasco da Gama começa no juvenil americano

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O arqueiro macaibense Dinarte Xavier Soares aparece pela primeira no noticiário da imprensa como um dos atletas das equipes juvenis do América/RN que vão fazer a preliminar do titular alvirrubro no amistoso interestadual contra o Sport Recife (domingo, 3/4/1949).

Os jogadores americanos haviam acabado de conquistar o campeonato estadual (1948) em final contra o ABC e o título é comemorado com a entrega das faixas com o também campeão da temporada anterior, o rubro-negro da capital pernambucana.

A garotada compõe dois quadros que homenagem dirigentes americanos: José Rodrigues de Oliveira, o presidente (1947/50) responsável pela construção da primeira sede americana (1948), e o capitão Ulisses Cavalcanti.

Os convocados: Dinarte, Eumar, Diógenes, Valter, Mario, Vavá (irmão de Demóstenes César da Silva), Omar, Isaías, Petit, Gilvan Vieira e Murilo (Ulisses Cavalcanti); Wilson, Paulo, Belchior, Zé Maria, Carlos, Mucio Magro, Erivaldo, Leônidas, Reinaldo, Aede e Petit II (João Rodrigues).

Em julho de 1950 está com os mesmos coleguinhas mencionados no elenco do time amador “Olímpicos” em excursão para Currais Novos (Região do Seridó), a 190 quilômetros de Natal. Dois anos depois está na categoria de Aspirantes e na suplência americana (1951).

Em março do mesmo ano é convocado pelo treinador abecedista (cedido), o pernambucano Edésio Leitão, para um selecionado de novos que vai participar de uma competição nacional em Salvador (Bahia). E enfrenta a “seleção” por um combinado América/ABC em jogo-treino.

Em seguida faz um amistoso doméstico pelo rubro-negro Clube Atlético Potiguar contra o mesmo selecionado. No retorno assina manifesto (26/3) em favor do árbitro Manoel Francisco Lamas como rebate ao cronista esportivo Aluízio Menezes de Melo no “Diário de Natal” (16/3).

Ainda: José Ribamar da Silva, Francisco Eneias da Silva, Renato Santiago Magalhães, Ivanildo Barbosa, Franklin Nelson, Sebastião S. de Aquino, José Morais, Amauri Trajano, Mario Nonato da Silva, Eliezer Araújo (Piloto), José Batista Freire e Pedro “Bala” Balbino do Nascimento.

O cronista Roberval Pinheiro Borges sai em defesa do colega logo abaixo do documento. Em 22 de abril o jornal Associado noticia que Dinarte é o novo contratado do Alecrim, com o fim de substituir o goleiro pernambucano Brasil, que se manda para o Santa Cruz do Recife.


FONTES

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

No Ataque

Súmulas Tchê

Acervo José Ribamar Cavalcante

Rara imagem do Alecrim com o goleiro Miguel (II)

Uma proveitosa reunião com os amigos Elias Maciel, Leonardo Arruda Câmara (falecido deputado estadual e presidente do ABC), Miguel Ferreira de Lima, Ribamar, Diniz Matias, o redator e Osair Vasconcelos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Os “poucos” amigos na abertura da presente série refere-se a constatação de que o redator era um único novato na lista de convidados para a reunião, na última semana de janeiro do ano passado, com o goleiro do Vasco da Gama e alecrinense Miguel Ferreira de Lima.

Não vou discorrer sobre os antecedentes do personagem antes de mudar-se com os pais do então distrito de Pirpirituba (emancipado em 1953), município de Guarabira/PB, para a “turbulenta” Macaíba do começo dos anos 50.

Nem vou pormenorizar momentos do começo da carreira de jogador de futebol no Cruzeiro macaibense, no antigo Santa Cruz de Natal e a saída do Alecrim – já como fuzileiro naval – para o Rio de Janeiro, pois quase tudo foi exposto anteriormente.

Ademais o “histórico” continua na minha memória seletiva e deixei para lá as informações que tinha rabiscado e apagado do computador as que armazenei para uma idealizada mini biografia, pois ele está sendo objeto de um assunto muito mais importante e diferente (segredo!).

Por isso o pulo direto para o que vem a seguir. As circunstâncias da estreia pelo alviverde no campeonato potiguar (em julho de 1954) provocada por uma decisão do goleiro titular da época, de mala arrumada para teste no Sport Clube Recife.

Rara imagem do Alecrim com o goleiro Miguel (I)

Leonardo Arruda Câmara, Miguel Ferreira de Lima (sentados) e Ribamar Cavalcante (centro)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Entre 26 e 21 de janeiro de 2024 fiz uma série de reportagens sobre o encontro de amigos antigos e novatos (poucos), organizado pelo jornalista Osair Vasconcelos, com o goleiro Miguel Ferreira de Lima, o paraibano criado em Macaíba que fez sucesso no Vasco da Gama depois de aparecer no Alecrim Futebol Clube no campeonato estadual de 1955.

Na ocasião usei várias fotografias da reunião no final de tarde começo da noite em um café da Zona Sul de Natal e alguma da época em que ele foi titular do arco do clube carioca. Mas acredito que cochilei a não publicar uma imagem dele no começo da carreira no clube esmeraldino que leva o nome de um bairro da capital potiguar.

Pouco mais de um ano depois vejo que o lapso acabou sendo importante pelo fato de que a fotografia com Miguel de Lima na equipe “Periquita” – como diziam os locutores de antigamente – agora pode ser utilizada com detalhes e pormenores colhidos ao longo do tempo.

As informações que vão ser casadas com a imagem são decorrentes da observação do repórter diante de dados concretos, retirados da cobertura da reportagem esportiva de ao menos três jornais diários natalenses e que fugiram ao olhar da maioria dos blogs e sites da atualidade.

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (FINAL)

Salum Omar e o filho Omar Salum (1947/48)

O antigo jogador paulista e o time campeão do Rio Negro são figurinhas carimbadas na coluna “Baú Velho” desde o começo da carreira do cronista Carlos Zamith de Oliveira

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A histórica fotografia do Rio Negro (campeão em 1943) – com o treinador pernambucano Jaime Guimarães (técnico do América/RN em 1953) e o jogador paulista Salum Omar – é publicada pela primeira vez na coluna “Baú Velho”, de Carlos Zamith de Oliveira, no “Jornal do Commercio” (domingo, 8/7/1979).

Carlos Zamith relata as circunstâncias do jogo decisivo contra o Olímpico – o “clube dos grã-finos” – inclusive com as “deserções” dos três jogadores, o pernambucano “Pelado” e dois paraenses, os quais abandonaram o barco para comporem o Remo em amistoso frente ao carioca São Cristóvão.

Outra imagem, dos atletas perfilados, é publicada na coluna da edição 22.733 (domingo, 28/5/1978). Retroagindo mais no tempo é mencionado em reportagem especial sobre o retrospecto de jogos entre as seleções amazonense e paraense (entre 1925/1960).


Inclusive com imagens dos dois selecionados (“Jornal do Commercio” – domingo, 5/12/1971). No período: 15 vitórias do Pará, dois empates e duas vitórias do Amazonas. A maioria pelo antigo e tradicional Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Entretanto a estreia das fotos antigas acontece em 1966 (quinta-feira, 14/7) com direito a mais uma edição dominical (15 de janeiro de 1967).

O velho baú do Zamith já existia desde 28 de julho de 1963.

Em 2014 Carlos Zamith é nome de estádio para seis mil lugares em Manaus. A coluna “Baú Velho” também foi nome de blog na rede.

sexta-feira, 7 de março de 2025

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (XIII)

Carlos Zamith (Manaus, 1926 – 2013) e o também cronista esportivo Flaviano Limongi (camisa clara)/G1-AM: acervo "Baú Velho"

O paulista salta da página esportiva para a sessão policial e a crônica social manauara

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O presente maior veio em 1946, com o nascimento do filho Omar Antonio Lima Salum, fruto do casamento com a senhora Celeste Lima Omar.

Na época começa a aparecer, como treinador do Rio Negro, ou no centro do gramado, correndo, mas de apito na bola.

Da página esportiva o paulista Salum Omar passa a aparecer na página policial e, em especial, na sessão não assina “Porta de Xadrez” (“Jornal do Commercio), como comissário no “DOPS” e “DRF” ou delegado da Polícia Civil: “Roubos e Furtos” e “Acidentes de Trânsito”.

Mas sem deixar de lado os laços afetivos com o Rio Negro, do qual é membro do Conselho Deliberativo nos anos 60/70 (suplente e titular). Em 1979 faz parte do “staff” de segurança da Câmara de Vereadores manaura.

Nos anos 60/70 passa a ser figurinha carimbada em reportagens especiais sobre o futebol de antigamente ou na coluna "Bau Velho" (do cronista Carlos Zamith) no diário "Jornal do Commercio" (da cadeia Associada em Manaus).

E na crônica social. Como a comemoração dos 21 anos de casamento (março de 1967), tudo organizado pela filha Autamine Salum. Ou numa nota sobre a data de aniversário (14 de outubro).

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (XII)

O clube tricolor dos cinco aros no Parque Amazonense antes do amistoso contra o Moto/MA

Licenciamento do Rio Negro facilita ida do jogador paulista para o Olímpico Clube de Manaus

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Campeão amazonense (1943) e vice (1944) pelo Rio Negro – em finais contra o Olímpico – o jogador paulista Salum Omar entra para a história como um dos atores do segundo dos três titulos estaduais do “clube dos três aros” (o último em 1967).

Na temporada de 1947 Omar coloca duas faixas no peito: a do Torneio Início (14/7/1947) e a de campeão amazonense pela segunda vez. Agora pelo tricolor. A competição entra mais uma vez, como era de costume naquele tempo, pelo ano seguinte.

O Rio Negro, por estas decisões estranhas no futebol, fica fora do ar entre 1945 e 1959. Mas ele não está entre os titulares (domingo, 14/3/1948) na vitória do “clube do século XX” – o outro apelido do Olímpico – frente ao El-Dorado (3 x 0).

Para comprovar a participação dele no elenco do tricolor eis a formação do amistoso (1 x 5) contra o Moto Clube de São Luís (Maranhão) no Parque Amazonense (domingo, 18//5/1947):

- Luizinho, Caçador, Marcílio, Waldemir, Gato (Omar), Aurélio, Babau, Raimundinho (Dog), Silvio, Gatinho e Nélio (Juvenil e depois Baiano).

Do time da base com a camisa "faixa diagonal" alguns jogaram no time de cima: Gatinho é exemplo

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (XI)

Uma formação do tricolor Olímpico de Manaus na temporada de 1943 para o título de 1944

O “tricolor dos cinco aros” dá o troco no alvinegro Rio Negro no campeonato estadual

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois de perder o título da temporada anterior para o Rio Negro o Olímpico dá o troco e vence o rival na decisão do campeonato amazonense de 1944.

Na segunda final seguida entre os alvinegros e tricolores (azul, vermelho e branco) ainda está em campo o paulista Omar Salum.

Com a saída do cearense Raimundo Araújo França agora o Rio Negro conta com o antigo companheiro dele no Santa Cruz: Alcides de Souza Lima Júnior, o Sidinho.

O Olímpico havia vencido o primeiro turno frente ao Nacional – o outro “grande” – e na final vence os rionegrinos (3 x 1).

O correspondente da revista semanal carioca “Esporte Ilustrado”, Roberto Hallak, novamente em cena, relata passo a passo o desenvolvimento do jogo.

“No Rio Negro salvaram-se Cláudio, Omar, Sidinho e Vem-Vem...”, diz o correspondente manaura.

 

FONTES/IMAGEM

Esporte Ilustrado

Jornal do Commercio

Futebol Amazonense

História do Futebol

A aventura amazônica do 'turco" Salum Omar (X)


De jogador a árbitro de futebol e a rápida adaptação na sociedade da capital manauara com ingresso na Polícia Civil

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na primeira temporada no campeonato amazonense (1943) o jogador paulista Salum Omar já está definitivamente “rebaixado” da posição de atacante para a linha defensiva desde a passagem de seis meses no segundo semestre de 1941 pelo Ferroviário cearense.

O Rio Negro é campeão do Torneio Início (2 de maio de 1943): 2 x 0 Nacional Fast Clube (o tricolor que saiu de dentro do azulino Nacional).

Neste primeiro ano em Manaus ainda é laureado com a faixa de campeão na competição em final que entra em fevereiro do ano seguinte: Rio Negro 4 x 0 Olímpico (“o clube dos cinco aros”).

O adversário atua desfalcado dos titulares paraenses “Pelado”, Pinhegas e Bandelack. Abandonam o barco para integrar o elenco do Remo em amistoso contra o São Cristóvão carioca.

O correspondente da revista semanal carioca "Sport Ilustrado" (307 – 24/2), Roberto Hallak, comenta a atuação de cada atleta do alvinegro.

Omar: - Sem abusar do jogo violento esteve ótimo. Veio do Santa Cruz e radicou-se na família rio-negrina. E o atacante cearense França: - O melhor vanguardeiro. Emérito chutador...

 

FONTES

Esporte Ilustrado

Jornal do Commercio (AM)

O Liberal ((PA)

História do Futebol

quinta-feira, 6 de março de 2025

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (IX)

Santa Cruz (campeão: 1940) – Pedro, Sidinho II, Vicente, Rubinho, Pedrinho, Pelado, China, Tará, Somoza, Sidinho I e Siduca

O paulista e dois nordestinos – um pernambucano e um cearense – decidem ficar na capital do Amazonas

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O leitor atento viu que na sexta reportagem desta série inédita a ilustração é um recorte em que o título é: - Também Omar e França não voltarão ao Recife.

A reportagem original fruto da agência de notícias “Meridional”, desde Belém, capital paraense, exibe no subtítulo: “O QUE REPRESENTA PARA O TRICOLOR A PERDA DO GRANDE MEIA-ESQUERDA SIDINHO”.

E ainda complementa para o jornal do mesmo grupo Associado da Agência Meridional (“Diário de Pernambuco”): - O Santa Cruz derrotou o Clube do Remo, no jogo desta noite, pelo “score” de quatro a dois.

O correspondente reconhece que o paulista Salum Omar e o cearense Raimundo de Araújo França estavam sem contrato formal com o clube “Coral”, mas lamenta que o pernambucano Sidinho (Alcides de Souza Lima Júnior) tenha decidido também permanecer em Manaus.

“Os jogadores profissionais são assim mesmo. Buscam suas melhoras”. Admite o redator lastimoso e lacrimoso pela “deserção” de um atleta surgido no Santa Cruz. Mas ao mesmo tempo diz que acredita no triunfo do jogador “inteligente e malicioso...”

Ao contrário do Omar, que se vincula ao alvinegro Rio Negro, o ídolo tricolor Sidinho I (3/1/1917) – há o zagueiro Sidinho II – se agrega ao Olímpico, outro tricolor. Somente nas duas temporadas seguintes passa ao alvinegro.

França (Maracanaú, 16/1/1918) foi campeão pelo Tramways cearense (1940) e Ceará (1941/42). Depois de ser campeão pelo Rio Negro (1943) passou pelo Fluminense (1945) e retornou a terra natal para o Fortaleza (campeão 1946/47 e 1949). Foi cinco vezes artilheiro no período.

 

FONTES/IMAGEM

Diário da Manhã

Diário de Pernambuco

Esporte Ilustrado

Gazeta Esportiva

Jornal do Commercio (AM)

Arquivo Coral

Federação Cearense de Futebol

História do Futebol

Jornal do Comercio do Ceará

Memórias do Santa Cruz

O Gol

Vovôpedia

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (VIII)

Sede manauara da Associação Atlética Rio Negro/Portal Amazônia: acervo de Ibrahim Baze

Jogador paulista deixa a capital paraibana, segue com o Santa Cruz ao Norte e permanece em Manaus

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O atacante Salum Omar chegou na última semana de junho no Ástrea com o campeonato paraibano em andamento (começa em março).

A competição se estende até setembro. E provavelmente configura mais uma passagem de clube com pouco mais de dois meses.

Chega 1943 e em 24 de março a Federação Paraibana recebe pedido de informação sobre o atleta da Confederação Brasileira de Desportos.

Quatro dias depois o Santa Cruz do Recife se despede da primeira fase da excursão pela Região Norte.

Depois de se exibir em Belém (Pará) – ida e volta – e Manaus (Amazonas) o tricolor descia para o Maranhão (São Luís), Piauí (Teresina) e Ceará (Fortaleza).

Enquanto Salum Omar, sem contrato, permanece na capital amazonense e se engaja no Atlético Rio Negro Clube.

A aventura amazônica do 'turco" Salum Omar (VII)

Governador Flávio e o sobrinho Renato Ribeiro

O clube social paraibano entra para valer com contratações do atleta paulista e treinador uruguaio

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O “Jornal do Commercio” (sexta-feira, 26/6/1941) do Recife noticia e “A União” (sábado, 27) de João Pessoa replica.

O atacante Salum Omar rescinde o contrato com o Great Western e no mesmo dia viaja para se integrar ao Ástrea.

O jornal paraibano, além de noticiar mais três ou quatro contrações locais, diz que o clube social do II Império assina com o treinador uruguaio Carlos Viola Solo.

A vinda do técnico estrangeiro é sinal de que o novato competidor, o grêmio azul e branco do “Tambiá”, não está de brincadeira.

Carlos Viola, antigo jogador do Peñarol (Montevidéu) e do gaúcho Pelotas, treinou o Palmeiras, Portuguesa de Desportos, Santos e Náutico.

Sendo o primeiro estrangeiro no futebol pernambucano e levou o Sport ao título de campeão (1928). Nos anos seguintes aparece no Vitória de Salvador.

A equipe debutante era de um clube de elite. E quem está a frente do futebol como financiador é o jovem empresário e usineiro Renato Ribeiro Coutinho (1913 – 1982).

Diretor-presidente das usinas São João e Santa Helena (produtoras de cana-de-açúcar) foi deputado federal.

Era irmão de Odilon Ribeiro Coutinho (1923 – 2000), deputado pelo Rio Grande do Norte nos anos 60.

Sobrinhos do governador paraibano Flávio Ribeiro Coutinho (1882 – 1963).

 

FONTES/IMAGEM

A União

Jornal do Commercio

Brasil de Fato

Navegos

Leite, Diogo Pimenta Pereira – “Quem manda no futebol da Paraíba? Elites políticas e Estado Novo – 1941/1947” (UFPB – 2017)

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (VI)


Atleta paulistano passa pouco mais de dois meses no Great Western/PE e segue para o Astrea/PB

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Se a passagem de seis meses do atacante (como lateral-direito) Salum Omar pelo Ferroviário/CE é considerada rápida, muito mais relâmpago é a estadia no Great Western (Recife) e a permanência no Astreia (João Pessoa) foi no mesmo diapasão, até compor o elenco do Santa Cruz para a excursão ao Norte (lista dos jogos abaixo).

O período deste vai e volta acontece entre dezembro de 1941 e janeiro de 1943. Basta ver o noticiário da imprensa e a burocracia do expediente das Federações dos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba com os pedidos pelas instituições nacionais de informações do atleta para chancelar as transferência e contratos profissionais.

O campeonato pernambucano começa em abril (2) e a última participação de Salum Omar pelo Great Western beira o dia 25 de junho. Pois dois dias depois a imprensa paraibana repercute reportagem dos impressos pernambucanos dando conta da vinda do “player” paulistano para o novato do futebol: Astreia.

 

“EXCURSÃO DA MORTE”

Santa Cruz 6 x 1 América/RN (1/1/1943)

Santa Cruz 7 x 2 Transviário/PA (10/1/1943)

Santa Cruz 3 x 1 Tuna Luso (14/1/1943)

Santa Cruz 2 x 5 Clube do Remo (17/1/1943)

Santa Cruz 3 x 3 Seleção/PA (21/1/1943)

Santa Cruz 4 x 4 Paysandu (23/1/1943)

Santa Cruz 2 x 3 Olímpico/AM (5/2/1943)

Santa Cruz 5 x 1 Rio Negro (11/2/1943)

Santa Cruz 6 x 0 Nacional (14/2/1943)

Santa Cruz 5 x 4 Rio Negro (19/2/1943)

Santa Cruz 1 x 2 Seleção/AM (22/3/1943)

Santa Cruz 4 x 2 Clube do Remo (2/3/1943)

Santa Cruz 1 x 1 Paysandu (8/3/1943)

Santa Cruz 0 x 0 Tuna Luso (14/3/1943)

Santa Cruz x Paysandu/Remo (18/3/1943)

Santa Cruz 2 x 5 Tuna Luso (21/3/1943)

Santa Cruz 1 x 0 Tuna Luso (28/3/1943)

Santa Cruz 1 x 2 Transviário/PA (28/3/1943)

Santa Cruz 0 x 3 Nacional/MA (4/4/1943)

Santa Cruz 5 x 1 Fabril (6/4/1943)

Santa Cruz 1 x 0 Moto Clube (8/4/1943)

Santa Cruz 3 x 0 Sampaio Corrêa (11/4/1943)

Santa Cruz 2 x 2 Seleção/MA (13/4/1943)

Santa Cruz 1 x 1 Moto Clube (15/4/1943)

Santa Cruz 4 x 3 Seleção/PI (18/4/1943)

Santa Cruz 2 x 3 Ceará (25/4/1943)

 

FONTES

A União

Diário da Manhã

Diário de Pernambuco

Jornal do Commercio (PE)

O Nordeste (CE)

Unitário

Futebol 80

A aventura amazônica do "turco" Salum Omar (V)

A sede "moderna" do Clube Astrea, em João Pessoa, capital do Estado da Paraíba

A sede "neoclássica" em 1936

O retorno para Pernambuco e em seguida o ingresso relâmpago no futebol da capital paraibana

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após as “férias” de seis meses no segundo semestre de 1941 no futebol cearense – onde fez apenas quatro jogos pelo Ferroviário (um oficial e três amistosos) – o “player” paulista Salum Omar retorna ao primeiro estado nordestino que o acolheu.

Desta vez não vem para o segundo clube pernambucano (Sport) – depois de enfrentar o primeiro (Tramways) pelo Tricolor de Fortaleza – pois quem entra no páreo para contratá-lo são o Santa Cruz e o Great Western (Ferroviário a partir de meados dos anos 50).

A agremiação da empresa multinacional inglesa do ramo de ferrovias ganha a parada e ele participa mais uma vez, a quinta, do campeonato pernambucano (março/maio de 1942). Mas não demora muito no Recife. Em junho está de partida.


Acaba no Astrea – tradicional clube social fundado no século XIX (1886) – que vai participar do campeonato paraibano pela primeira vez, em substituição ao Botafogo de João Pessoa, suspenso pela Federação pelo não comparecimento a um jogo na temporada anterior.

O clube azul e branco – além do reforço do paulista – recebe os atletas do alvinegro da capital paraibana e acaba bicampeão estadual (1942/43), no último ano sem o concurso de Salum Omar, de malas prontas para se integrar, pois estava livre, ao Santa Cruz para excursionar ao Norte.

 

FONTES/IMAGENS

A União

Diário da Manhã

Diário de Pernambuco

Jornal Pequeno

Jornal da Paraíba

Arquivos do Futebol Brasileiro

A História do Futebol Paraibano

Bola Amarela Futebol Clube

Boom Na Mídia

Escudos Futebol Clube

Federação Internacional de Estatísticas de Futebol

Futebol Nacional

Gino Escudos

Mundo Curioso

McNish Futebol Clube/Todas As Cores do Futebol

Polêmica Paraíba

Só Esporte