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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

O perfil do jogador potiguar de futebol "Piloto" (II)

Nicolau Feres, patrono do estádio e
fundador do "Sal Tropeiro FC"

JOS
É VANILSON JULIÃO

Ao resumir ao máximo possível os sete parágrafos iniciais do perfil fruto de entrevista concedida ao jornalista seridoense Dermi Azevedo com enxertos de informações relacionadas ao personagem, resultando em 11 parágrafos na reportagem atual, o redator foi obrigado a dar uma parada na adequação dos dados referentes ao retorno do estado de Minas Gerais do antigo craque currais-novense Eliezer Araújo, o Piloto.

A curiosa personalidade, de quem nunca se encontra a origem do apelido nas fontes impressas primárias, havia dito que depois de seguir para a Região Sudeste em fevereiro de 1952 retorna ao

Escudo do clube de
futebol "Sal Tropeiro"

Rio Grande do Norte para o futebol natalense em 1953 e em 1956 volta de vez para Currais-Novos. A mencionada interrup
ção se justifica para dar exatidão no tempo e no espaço deste intervalo na carreira do meia-atacante Piloto.

Realmente ele sai do alviverde Uberlândia, da cidade do mesmo nome, em 1953, mas não retorna neste ano ao RN, mas sim em 1954, após uma passagem pelo alvirrubro Sal Tropeiro, outra das equipes da época no referido município do Triângulo Mineiro. Até o repórter encontra no jornal semanário Correio de Uberlândia alguns jogos que comprova a participação do futebolista nas duas agremiações.

Na seção Correio Esportivo (terceira página da edição dominical, 8/3) o repórter João Batista de Queiroz resenha o jogo no Estádio Juca Ribeiro (domingo 1/3/1952) Uberlândia 2 x 2 Ituiutaba. O quadro local vence o primeiro tempo (2 x 0), mas deixa o visitante empatar na etapa complementar. Piloto entra como titular, mas no decorrer da partida sai para Inácio.

Uma semana depois o Uberlândia enfrenta, em casa, o tricolor Botafogo de Ribeirão Preto (interior paulista), conhecida como a Pantera da Mogiana. Os botafoguenses acabam goleando (5 a 1). O impresso destaca a atuação do Piloto chamado de Pernambuco pela torcida entre os 22 atletas em campo. E desta vez ele corre os 90 minutos regulamentares.

O primeiro gol de Piloto encontrado acontece na partida Uberlândia 3 x 2 Francana/SP, equipe também do interior bandeirantes, numa noite de terça-feira, após derrocada contra o Botafogo. O craque potiguar empata o jogo aos 4 do segundo tempo e um companheiro faz o da vitória aos 34.

Agora na última semana de maio de 1953, agora no Sal Tropeiro Futebol Clube, um time amador que fora amador fundado no começo da década de 40, pelo comerciante Nicolau Feres, dono de armazém distribuidor de cloreto de sódio refinado (sal de cozinha nordestino e potiguar). Piloto veste a camisa listrada de vermelho e branco no amistoso, preparativo para o campeonato do Triângulo, contra o Independente Sport Clube, também de Uberlândia. O sparring vence.

E finalmente, na primeira semana de 6 junho de 1954, agora mais uma vez com reportagem de J. G. Fonseca, o Sal Tropeiro vence no Estádio Nicolau Feres (transformado em praça anos depois), pelo campeonato do Triângulo, o Merceana (3 a 2), com Piloto de ponta-esquerda, e permanece na liderança temporária da competição.

Além disso é provável que ele esteja em campo no amistoso contra o Goiás. Sem abertura de contagem (18/8/1953).

 

FONTES

A Tribuna (Uberlândia)

Correio de Uberlândia

Arquivos de Futebol do Brasil

Futebol de Goyaz

Futebol Nacional

Gol Aberto

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