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| Nicolau Feres, patrono do estádio e fundador do "Sal Tropeiro FC" |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Ao resumir ao máximo possível os sete parágrafos iniciais do perfil fruto de entrevista
concedida ao jornalista seridoense Dermi Azevedo com enxertos de informações relacionadas ao personagem, resultando em 11 parágrafos na reportagem atual, o redator foi obrigado a
dar uma parada na adequação dos dados referentes ao retorno do
estado de Minas Gerais do antigo craque currais-novense Eliezer Araújo, o “Piloto”.
A curiosa personalidade, de quem nunca se encontra a origem do apelido nas fontes impressas primárias, havia dito que depois de seguir para a Região Sudeste em fevereiro de 1952 retorna ao
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| Escudo do clube de futebol "Sal Tropeiro" |
Rio Grande do Norte para o futebol natalense em 1953 e em 1956 volta de vez para Currais-Novos. A mencionada interrupção se justifica para dar exatidão no tempo e no espaço deste intervalo na carreira do meia-atacante “Piloto”.
Realmente ele sai do alviverde Uberlândia, da cidade do mesmo nome, em 1953, mas não retorna neste ano ao RN, mas sim em 1954, após uma passagem pelo alvirrubro “Sal Tropeiro”, outra das equipes da época no referido município do Triângulo Mineiro. Até o repórter encontra no jornal semanário Correio de Uberlândia alguns jogos que comprova a participação do futebolista nas duas agremiações.
Na seção Correio Esportivo (terceira página da edição dominical, 8/3) o repórter João Batista de Queiroz resenha o jogo no
Estádio Juca Ribeiro (domingo – 1/3/1952) Uberlândia 2 x 2 Ituiutaba. O quadro local
vence o primeiro tempo (2 x 0), mas deixa o visitante empatar na etapa
complementar. Piloto entra como titular, mas no decorrer da partida sai para Inácio.
Uma semana depois o Uberlândia enfrenta, em casa, o tricolor Botafogo de Ribeirão Preto (interior paulista), conhecida como a “Pantera da Mogiana”. Os botafoguenses acabam goleando (5 a 1). O impresso
destaca a atuação do “Piloto” – chamado de “Pernambuco” pela torcida – entre os 22 atletas em campo. E desta vez ele corre
os 90 minutos regulamentares.
O primeiro gol de “Piloto” encontrado acontece na partida Uberlândia 3 x 2 Francana/SP, equipe também do interior bandeirantes, numa noite de terça-feira, após derrocada contra o Botafogo. O craque
potiguar empata o jogo aos 4 do segundo tempo e um companheiro faz o da vitória aos 34.
Agora na última semana de maio de 1953, agora no “Sal Tropeiro Futebol Clube”, um time amador que fora amador fundado no começo da década de 40, pelo comerciante Nicolau
Feres, dono de armazém distribuidor de cloreto de sódio refinado (sal de cozinha nordestino e potiguar). “Piloto” veste a camisa listrada de vermelho e branco
no amistoso, preparativo para o campeonato do Triângulo, contra o Independente Sport Clube, também de Uberlândia. O “sparring” vence.
E finalmente, na primeira semana de 6 junho
de 1954, agora mais uma vez com reportagem de J. G. Fonseca, o “Sal Tropeiro” vence no Estádio Nicolau Feres (transformado em praça anos depois), pelo campeonato do Triângulo, o Merceana (3 a 2), com “Piloto” de ponta-esquerda, e permanece na
liderança temporária da competição.
Além disso é provável que ele esteja em campo no amistoso
contra o Goiás. Sem abertura de contagem (18/8/1953).
FONTES
A Tribuna (Uberlândia)
Correio de Uberlândia
Arquivos de Futebol do Brasil
Futebol de Goyaz
Futebol Nacional
Gol Aberto

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