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| Imagem do goleiro paulista Tuffy Neugen com os companheiros do Pelotas, da cidade do mesmo nome do Rio Grande do Sul, no dia do amistoso contra a Argentina/Fotografia: Arquivo Lobão |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
“L. S.” São as iniciais do autor de uma nota curricular, na revista carioca Vida Esportiva (Número 50 - julho/1918), sobre o goleiro da Associação Atlética das
Palmeiras, Tuffy Neugen, o “novel footballer palmeirense” que se iniciou na
equipe infantil do Cruzeiro do Sul da capital (1907) e depois de quatro anos
passa a defender o Vicentino da primeira divisão da extinta Liga paulista.
O colunista das duas letrinhas prossegue informando
que ele aparece no segundo quadro do Palmeiras (1917), “possuidor de um golpe
de vista excelente”, com atuações salientes no quadro principal revezando com
Rachou e Agenor, inclusive com participação no empate (2 a 2) em amistoso com o
Fluminense, e participando de todos os jogos da excursão nordestina do ano
anterior...
E assim foi sendo alvo de 38 notas ou citações na publicação
do Rio de Janeiro, uma com a defesa de seis penalidades máximas
em nove marcadas, o que lhe rende o apelido de “mãos de Satanás” em um outro
impresso. Ou com vistas as primeiras convocações para o selecionado nacional.
Uma primeira nota especulativa pode ter gerado as
insinuações. “Tuffy vai para Pernambuco?” Foi uma delas. Até com uma imagem
ilustrativa (Número 67 – sábado, 7 de dezembro de 1918). Portanto mais de um
ano depois da partida da delegação do Recife em 20 de outubro de 1917.
- Pernambucanos que se encontram no Rio perseguiram tenazmente, domingo último, no campo do Flamengo, o extraordinário arqueiro paulista, para que o mesmo vá jogar em Recife...
...Esta “cantada” solene foi por
nós acompanhada em flagrante, como vêm os leitores, no qual se encontram Medicis,
de Pernambuco, Tuffy, L. Meirelles, da Liga, e Francisco Romano, da imprensa.
As notas que vieram depois, plantadas pelos colunistas
Geraldo Romualdo da Silva, no Jornal dos Sports (1967), e Juca Kfouri, na Folha
de São Paulo (1999), não passam de um descuido jornalístico.

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