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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Imprensa carioca especula goleiro Tuffy no Recife

Imagem do goleiro paulista Tuffy Neugen com os companheiros do Pelotas, da cidade do mesmo nome do Rio Grande do Sul, no dia do amistoso contra a Argentina/Fotografia: Arquivo Lobão

JOSÉ VANILSON JULIÃO

“L. S.” São as iniciais do autor de uma nota curricular, na revista carioca Vida Esportiva (Número 50 - julho/1918), sobre o goleiro da Associação Atlética das Palmeiras, Tuffy Neugen, o “novel footballer palmeirense” que se iniciou na equipe infantil do Cruzeiro do Sul da capital (1907) e depois de quatro anos passa a defender o Vicentino da primeira divisão da extinta Liga paulista.

O colunista das duas letrinhas prossegue informando que ele aparece no segundo quadro do Palmeiras (1917), “possuidor de um golpe de vista excelente”, com atuações salientes no quadro principal revezando com Rachou e Agenor, inclusive com participação no empate (2 a 2) em amistoso com o Fluminense, e participando de todos os jogos da excursão nordestina do ano anterior...

E assim foi sendo alvo de 38 notas ou citações na publicação do Rio de Janeiro, uma com a defesa de seis penalidades máximas em nove marcadas, o que lhe rende o apelido de “mãos de Satanás” em um outro impresso. Ou com vistas as primeiras convocações para o selecionado nacional.

Uma primeira nota especulativa pode ter gerado as insinuações. “Tuffy vai para Pernambuco?” Foi uma delas. Até com uma imagem ilustrativa (Número 67 – sábado, 7 de dezembro de 1918). Portanto mais de um ano depois da partida da delegação do Recife em 20 de outubro de 1917.

- Pernambucanos que se encontram no Rio perseguiram tenazmente, domingo último, no campo do Flamengo, o extraordinário arqueiro paulista, para que o mesmo vá jogar em Recife...

...Esta “cantada” solene foi por nós acompanhada em flagrante, como vêm os leitores, no qual se encontram Medicis, de Pernambuco, Tuffy, L. Meirelles, da Liga, e Francisco Romano, da imprensa.

As notas que vieram depois, plantadas pelos colunistas Geraldo Romualdo da Silva, no Jornal dos Sports (1967), e Juca Kfouri, na Folha de São Paulo (1999), não passam de um descuido jornalístico.

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