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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

O misterioso jogador pernambucano do América/RN (V)

O nome visto pela primeira vez no
futebol local atraiu a curiosidade
do redator do blog

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O foco do olhar sobre o ponta-esquerda do Santa Cruz do Recife, Carlos Benning, começou por uma cortesia do pesquisador natalense Arthur Pierre dos Santos Medeiros.

Autor da plaquete "O Futebol no Rio Grande do Norte (1903 - 1930)", na qual aponta, com provas de fontes primárias (jornais da época), os campeonatos inexistentes na década de 20, inclusive com a não conclusão de dois (1928/29).

Ao analisar os campeonatos até 1930, a pesquisa concluiu que, ao longo de toda a história, o ABC conquistou 50 títulos estaduais, o América-RN, 36, e o Alecrim, 5 – todos com menos conquistas do que têm oficialmente ou divulgados erroneamente pelos clubes.

Arthur Pierre foi quem identificou a fotografia do time "Cruzmaltino", postada em rede social por um dos filhos do atacante americano Stephenson Josué Batista, que consta na rara imagem do álbum familiar.

A partir daí Arthur Pierre também trocou informações e dados com o redator, inclusive sobre o jogo amistoso do "River Plate" natalense contra os mencionados times do clube "Carneirinho de Ouro" (1937) e o próprio "Cruzmaltino" (1/5/1939).

O ápice foram os recortes das páginas do jornal diário A República com a pré-escalação do River Plate clone do famoso clube argentino e o resultado da partida (0 x 4 Cruzmaltino) no tradicional Estádio Juvenal Lamartine (Tirol), em disputa uma taça ou troféu “Ditador”.

O repórter estava familiarizado apenas com os jogadores locais mais conhecidos: Valdemar Matias Araújo, Francisco Lamas, Genar Wanderley (aquele mesmo da Rádio Educadora de Natal, REN, depois Poti) Armando Barros de Góis, Rivadavia Tavares Guerreiro, Alberto Galvão de Moura, Manoel Fernandes de Oliveira, Geraldo Cabral, Joaquim Arnaud...

E fica curioso em saber de quem se tratava o "Bening". O próximo passo foi pesquisar no jornal diário vespertino católico "A Ordem". Nos exemplares da coleção (1935/53) no site da Biblioteca Nacional.

Mas o que encontrou foi a menção ao engenheiro pernambucano José Antônio Bening. Talvez um parente bem próximo. Funcionário público federal desde 1910 como desenhista de segunda classe no porto da capital pernambucana.

 

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