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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Laélio, Othoniel e José Janini, o boleiro boêmio

Laélio Ferreira de Melo

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O auditor federal e poeta Laélio Ferreira de Melo, 86, falecido nesta terça-feira, foi um intelectual polêmico.

Era filho do poeta Othoniel Menezes de Melo (Natal/RN, 10/3/1895 - Rio de Janeiro/RJ, 19/4/1969).

Autor do poema "Serenata do Pescador", em 1922, obra literária mais conhecida como "Praieira", depois de ser musicada por Eduardo Medeiros, e lançada em disco nos anos 50.

E do “Sertão de Espinho e Flor de 1952”,

Othoniel Menezes de Melo

o seu livro mais importante e lançado em papel jornal numa edição pobre e esgotada.

E ocupante da cadeira 23, cujo patrono é Antônio Glicério, da Academia Norte-rio-grandense de Letras.

Se o pai é lembrado em prosa e verso, o filho bem que é uma figura rica que poderia resultar até em biografia.

O desaparecimento dele me fez lembrar o episódio em que Othoniel e o filho de imigrantes italianos, José Janini (Natal, 18/5/1902 – Rio de Janeiro, 28/7/1974), saíram pela noite nas ruas da provinciana capital, de violão em punho, cantando e danificando as lâmpadas da iluminação pública.

A presepada valeu um exílio carioca, não sei se voluntário ou forçado pela família, ao José Janini, que na então capital federal se transformou em requisitado radialista, jornalista, letrista, compositor e cantor de música popular brasileira.

Faleceu como funcionário público federal e antigo diretor de presídio nomeado pelo ditador Getúlio Dorneles Vargas. Janini foi jogador de futebol. Dos quadros do Alecrim e América pelo meio da década de 20.

 

FONTES/IMAGENS

Artes e Artistas (João da Mata Costa)

BZN Notícias

Direitos Humanos

Fundação José Augusto

Honório de Medeiros

Glosando o Mundo

Mediocridade Plural

Navegos

Tok de História

Vivicultura

 

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